O que é automutilação?
É qualquer ato que visa conscientemente lesar ou destruir partes do próprio corpo sem que isso tenha nenhuma intenção de suicídio. É um sintoma comumente relacionado ao Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), mas também aparece em pessoas com depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, bulimia, anorexia, vitimas de bullying, esquizofrênicos entre muitos outros.
Existem diferentes formas de automutilação entre elas encontramos: reabrir feridas (dermatolilexomania); morder o próprio lábio língua ou braços; queimar-se com cigarros, produtos químicos, sal e até mesmo gelo; furar-se com objetos pontiagudos, beliscar-se e arranhar-se utilizando para isso as próprias unhas ou algum objeto cortante.
O que leva alguém a cortar a própria pele?

De maneira geral o automutilador sente grande dificuldade em expor seus sentimentos seja falando, chorando ou de qualquer outra forma, assim sendo cortar-se exprime melhor o que eles sentem.
O que querem dizer esses cortes?
Como psicólogo aprendi que todo e qualquer ato humano é por si só carregado de significados e simbologia. A automutilação além de ser um ato humano é também uma tentativa de se comunicar ela, porém não está em linguagem clara e comum ao interlocutor, mas precisa ser interpretada uma vez que o locutor é incapaz de fazer isso sozinho.
Colocando para fora: algumas vezes quem infringe cortes na própria pele diz estar tentando expor a dor que sente dentro de si para fora. Como se fosse possível trocar a dor emocional ou psíquica por uma dor física, uma dor que o outro pode ver, uma dor mais fácil de tratar.
Eu mereço isso: não é incomum que os automutiladores sejam portadores de fortes sentimentos de inferioridade ou de culpa: “Eu sou uma estúpida, um lixo não sirvo para nada”; “eu mereço isso, ninguém gosta de mim” são frases que eu ouvi de duas pessoas distintas que cortavam os próprios braços. Dessa forma em alguns casos as mutilações ou cortes surgem como forma de se punir por essa pessoa tão repulsiva (na opinião do paciente). Essa fala provém de um sentimento de inferioridade. Muitas das pessoas que se cortam são os depositários de suas famílias, os bodes expiatórios aqueles que são responsabilizados por todos os problemas da casa. Adolescentes vítimas de críticas constantes podem apresentar esse sintoma.
Fonte: Psicólogo.com
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