Ao refletir o que é a vida,

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Nos sentimos andarilhos no caminho para o mundo
E esse mesmo mundo nos faz sentir como estrangeiros, com saudades
de algo que nem mesmo sabemos existir.
Olho as pessoas andando nas rua , parecem sem vida, perdidas, buscando
um sentido pra qualquer coisa que faça valer a pena seu viver.
Os andarilhos das estrelas, perambulam pelas ruas daqui e dali,
em busca de um lugar, um alguém, uma mão estendida talvez...
Alguns já nem lembram quem são, e se é que um dia souberam
Mentes vazias, corações pesados, e a alma, sabe-se lá...
Desejos contidos, esquecidos no frio da noite, na pinga, na cola ,
na fumaça...
desgraça pouca é bobagem, parece sacanagem do destino
se é que você me entende?
Para alguns parece louco, pouco valo, alguns trocados talvez
Mas, nos meus momentos de lucidez, sei do que falo e quando não sei calo
E mesmo sem voz me torno a pedra no sapato de alguns,
e o ouro no bolso de outros...
Quem sou?
O Andarilho das estrelas...
Sem nome, sem documentos, sem teto e sem esperanças de um dia me encontrar
Mas não se preocupe comigo, eu não existo, sou invisível, e só apareço
quando você num súbito momento de loucura, me enxerga e me oferece uma esmola.
Suely Martins
"Alguns dias nos sentimos estranhos.Mas, quando nosso coração se abre, percebemos estar justamente no lugar a que pertencemos."
(Ofereço aos malucos belezas que andam pelas rua do Rio, os Andarilhos das estrelas.)